Quanto custa para fazer um inventário? Descubra!

Quando o assunto é herança, uma das primeiras perguntas que surgem é quanto custa para fazer um inventário. Essa questão é perfeitamente compreensível, já que o inventário é um processo jurídico que pode envolver custos significativos, variando de acordo com vários fatores.

Não poderia ser diferente, pois trata-se de uma etapa essencial na regularização da herança, garantindo que todos os bens da pessoa falecida sejam devidamente registrados e transferidos conforme a lei.

Neste artigo, vamos explorar os tipos de inventário, os custos envolvidos e como você pode economizar durante esse processo. Acompanhe!

Tipos de inventário

Você sabia que existem diferentes tipos de inventário? Isso mesmo! E a escolha entre eles pode influenciar diretamente no custo final do processo. Basicamente, os inventários podem ser divididos em duas categorias principais: o inventário judicial e o inventário extrajudicial.

Inventário Judicial

O inventário judicial é realizado através de um processo na Justiça, sendo obrigatório em casos onde há disputas entre os herdeiros, quando existem menores ou incapazes envolvidos, ou ainda quando os herdeiros não concordam sobre a partilha dos bens.

Esse tipo de inventário tende a ser mais demorado e, consequentemente, mais caro, devido às taxas judiciais e aos honorários advocatícios.

Inventário Extrajudicial

Por outro lado, o inventário extrajudicial é mais simples. Ele pode ser feito em um cartório, desde que todos os herdeiros sejam maiores, capazes e estejam de acordo com a divisão dos bens.

Como não envolve a tramitação judicial, esse processo costuma ser mais econômico. No entanto, ainda assim, há custos associados que precisam ser considerados.

Quanto custa fazer um inventário em média?

Agora que você já conhece os tipos de inventário, vamos à pergunta que todos querem saber: quanto custa fazer um inventário em média? A resposta a essa pergunta pode variar bastante, dependendo de fatores como o valor total dos bens, a complexidade do processo e o tipo de inventário escolhido.

Em média, o custo de um inventário pode oscilar entre 10% a 20% do valor dos bens a serem inventariados.

Essa estimativa leva em consideração os honorários advocatícios sugeridos pela tabela da OAB, o imposto ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), os emolumentos do cartório para inventários extrajudiciais, ou os encargos processuais no caso de inventários judiciais.

Além disso, estão incluídas taxas para certidões, emissão do formal de partilha e outros documentos necessários.

É importante lembrar que o valor indicado dos bens para fins de cálculo do ITCMD pode ser diferente do valor de mercado, o que também pode influenciar no custo final do inventário.

Portanto, se o patrimônio for avaliado em R$500.000, o inventário pode custar entre R$50.000 e R$100.000, dependendo das circunstâncias específicas.

Embora esses valores possam parecer elevados, é crucial considerar que o inventário é um processo essencial para garantir a regularização da herança. Com uma boa preparação e o suporte jurídico adequado, você pode gerenciar melhor esses custos e evitar surpresas desagradáveis ao longo do processo.

Quanto custa fazer um inventário extrajudicial

Se você está procurando uma maneira de tornar o processo de inventário mais rápido e menos oneroso, o inventário extrajudicial pode ser a melhor opção. Mas, quanto custa fazer um inventário extrajudicial?

Os principais custos envolvidos no inventário extrajudicial incluem:

• Imposto ITCMD: varia entre 2% a 8% sobre o valor dos bens.
• Honorários advocatícios: geralmente situam-se entre 6% a 10% do valor do patrimônio.
• Custo de avaliador dos bens: pode ser em torno de R$5.000, lembrando que pode variar dependendo da região.
• Despesas administrativas: como taxas cartorárias e certidões, que podem somar aproximadamente R$2.000.

Para ilustrar, vamos considerar um exemplo: imagine que o valor total dos bens a serem inventariados seja de R$500.000. Nesse caso, os custos ficariam da seguinte maneira:

• ITCMD: Supondo uma alíquota de 4%, o imposto seria de R$20.000.
• Honorários advocatícios: Se forem de 8%, o custo seria de R$40.000.
• Custo de avaliador dos bens: R$5.000.
• Despesas administrativas: R$2.000.

Assim, o total estimado para o inventário extrajudicial seria de cerca de R$67.000, representando aproximadamente 13,4% do valor total dos bens.

Por ser um custo avançado, muitas pessoas preferem fazer um planejamento patrimonial e sucessório em vida.

Quanto custa fazer um inventário judicial

Se o seu caso requer uma intervenção na Justiça, a pergunta inevitável é: quanto custa fazer um inventário judicial? Esse tipo de inventário tende a ser mais caro e demorado devido à complexidade, caráter litigioso e às diversas etapas envolvidas no processo.

Aqui estão os principais custos:

• Imposto ITCMD: entre 2% a 8% do valor dos bens.
• Honorários advocatícios: variam de 6% a 10% do patrimônio.
• Custas judiciais: aproximadamente 1% do valor dos bens.
• Custo de avaliador dos bens: geralmente em torno de R$5.000.
• Despesas administrativas: cerca de R$2.000, incluindo taxas para certidões e emissão de documentos.

Para exemplificar, suponha que o valor total dos bens a serem inventariados seja de R$500.000. Nesse cenário, os custos ficariam da seguinte forma:

• ITCMD: com uma alíquota de 4%, o imposto seria de R$20.000.
• Honorários advocatícios: supondo uma taxa de 8%, o custo seria de R$40.000.
• Custas judiciais: aproximadamente R$5.000.
• Custo de avaliador dos bens: R$5.000.
• Despesas administrativas: R$2.000.

Assim, o total estimado para o inventário judicial seria de cerca de R$72.000, o que representa aproximadamente 14,4% do valor total dos bens.

Essa é uma estimativa, claro. Mas, geralmente, a briga por herança costuma custar caro.

Por isso, cada vez mais pessoas tentam gerir seu patrimônio com ajuda de um multi-family office, que dentre vários serviços, também pode orientar para a sucessão.

Como economizar com inventário

Diante desses valores, é natural buscar maneiras de reduzir os custos. Como economizar com inventário? Uma das primeiras estratégias é optar pelo inventário extrajudicial, sempre que possível.

Além disso, negociar os honorários advocatícios e estar atento ao prazo para abertura do inventário — que deve ocorrer em até 60 dias após o falecimento, sob pena de multa — também pode ajudar a economizar.

Alternativas inteligentes: como organizar a sucessão de bens

Por fim, é válido considerar algumas formas de organizar a sucessão de bens de maneira mais eficiente, não é mesmo?

Planejar a sucessão em vida, por meio de doações, testamentos e até mesmo seguros de vida (previdência privada), pode ser uma maneira inteligente de evitar os custos elevados do inventário e garantir que seus herdeiros recebam os bens sem complicações futuras.

Essas medidas podem não apenas reduzir o valor total do inventário, mas também proporcionar mais tranquilidade para você e sua família, assegurando que uma transferência de acordo com seus desejos e sem grandes surpresas financeiras.

Para isso, não deixe de buscar um suporte especializado!