Energisa (ENGI11) registra lucro líquido ajustado de R$ 377,6 mi no 2T24, alta de 16,6%

A Energisa (ENGI11), uma das maiores empresas do setor elétrico do Brasil, reportou um lucro líquido ajustado de R$ 377,6 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), representando um crescimento de 16,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de R$ 323,9 milhões.

Além disso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recorrente atingiu R$ 1.658,3 milhões no 2T24, um aumento de 13,2% em relação aos R$ 1.464,6 milhões registrados no 2T23. Esse crescimento foi impulsionado pelo desempenho positivo no segmento de distribuição, segundo o relatório divulgado pela empresa.

A receita líquida consolidada da Energisa totalizou R$ 6,038 bilhões no 2T24, um incremento de 14,3% em comparação aos R$ 5,282 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado. Este resultado foi alavancado pelo aumento nas vendas de energia das distribuidoras, que cresceram 11,2%, alcançando 10.520,5 GWh.

Confira abaixo outros destaques financeiros divulgados pela empresa:

Acesse o relatório completo no site da empresa.

Análise

Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest, considera o resultado foi satisfatório, destacando a melhora no segmento de distribuição devido a um reajuste nas tarifas e ao aumento no volume faturado.

Por outro lado, ele observa que a parte de geração teve um desempenho mais fraco.

"De forma geral, já vejo a empresa bem precificada no valor atual, mas ela segue como uma boa opção para investidores que gostam de empresas mais estáveis e que pagam dividendos," afirma Reis.

Além da Energisa, confira os resultados corporativos do 2T23 já divulgados pelas empresas.

Histórico de resultados Energisa

Agora, veja abaixo o histórico de resultados da Energisa (ENGI11), com um resumo dos principais números levantados no relatório da empresa, além da análise do especialista. Boa leitura! 

Balanço Energisa 3T23

No 3T23, a Energisa (ENGI11) teve lucro líquido ajustado recorrente de R$ 538 milhões. O que representa uma alta de 19% em relação ao mesmo período de 2022. Por outro lado, sem considerar os ajustes. Já o lucro líquido atingiu R$ 688,7 milhões no 3°trimestre de 2023, crescimento de 45,1% no comparativo com 3T22.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) O ajustado recorrente (exclui VNR e ajustado pelo Ebitda regulatório das transmissoras) totalizou R$ 2.128,6 milhões no 3T23. Ou seja, incremento de 25,2% (R$ 428,0 milhões) sobre 3T22.

A receita líquida consolidada da empresa foi de R$ 7,2 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Assim, houve crescimento de 4,1% na comparação com igual etapa de 2022.

Análise

“As margens seguem melhorando em relação ao ano passado, apesar de não me parecer ser algo recorrente. Gostei do movimento da empresa em diversificar os setores de atuação, por mais que a parte de distribuição ainda seja o principal”, diz Reis.

Ainda segundo ele, a dívida preocupa devido ao prazo de pagamento e a capacidade da empresa em gerar caixa. “Mas, penso que ela não deve ser muito penalizada caso precise rolar o valor. O preço do papel já reflete bem a situação dela, então acho difícil apresentar uma alta expressiva. Ficaria mais tranquilo de comprar caso o papel fosse para baixo de R$ 40.”

Balanço Energisa 2T23

No 2T23, a Energisa (ENGI11) teve lucro líquido ajustado recorrente de R$ 343 milhões. O que representa uma queda de 14,2% em relação ao mesmo período de 2022. Por outro lado, sem considerar os ajustes, o lucro líquido da empresa foi de R$ 656,7 milhões, alta de 33,6%.

Além disso, no primeiro semestre, o lucro líquido da empresa alcançou R$ 630,7 milhões. Assim, registrou uma queda de 24,1% na comparação anual. Sem ajustes, o lucro da Energisa no semestre somou R$ 1,165 bilhão, queda de 20,6%.

Análise

Renato Reis, o resultado como positivo. “A distribuição e a margem de lucro vieram melhor do que o esperado. Por isso, o aumento no alvo. Gosto da empresa e do setor, apesar dele estar passando pela fase mais positiva do ciclo, o que sinalizaria uma redução na posição”, explica.

O analista completa: “assim como a CPFL, é uma boa distribuidora para se ter em carteira, apesar da falta de um potencial de valorização mais relevante.”