Inflação cai em março e vai a 0,16%, diz IBGE

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Inflação cai em março e vai a 0,16%, diz IBGE

10 abr 2024Última atualização: 12 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
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A inflação do país desacelerou em março, registrando alta de 0,16%. O resultado é 0,67 ponto percentual menor do que em fevereiro. 

Desse modo, a inflação acumulada no ano está em 1,42%. Já nos últimos 12 meses, os preços subiram 3,93%.  

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. 

Seis dos nove grupos pesquisados apresentaram alta 

Na passagem de fevereiro para março, seis dos nove grupos pesquisados apresentaram alta. Entretanto, grupamentos com peso importante no IPCA apresentaram desaceleração no índice.  

“Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida. 

Apesar disso, o maior impacto ficou com o grupamento de Alimentação e bebidas, em 0,11 p.p, e a maior variação, 0,53%. Mas também, em movimento de menor alta, abaixo da que havia sido registrada em fevereiro (0,95%).  

“Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”, aponta o pesquisador. 

No entanto, a alimentação no domicílio desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).  

Já a alimentação fora do domicílio (0,35%) também desacelerou em relação ao mês anterior (0,49%). Ainda, o lanche acelerou de 0,25% para 0,66%, mas a refeição (0,09%) teve uma alta menor que em fevereiro (0,67%). 

O grupo Transportes saiu da alta de 0,72% em fevereiro para a queda de 0,33% em março. “Influência da passagem aérea, que já vinha de queda em fevereiro, e da gasolina, que havia apresentado o maior impacto individual no IPCA de fevereiro e teve uma alta menor em março”, justifica André Almeida. 

O recuo nos preços da passagem aérea foi de 9,14%. Por outro lado, a gasolina saiu de 2,93% para 0,21%.  

Entre os combustíveis (0,17%), além da gasolina, o etanol também teve alta, de 0,55%. Já gás veicular (-2,21%) e óleo diesel (-0,73%) registraram recuo nos preços, enquanto o subitem táxi teve alta de 0,23% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (2,28%), a partir de 8 de fevereiro. 

Ainda no grupo de Transportes, ônibus urbano (-0,06%) teve a variação influenciada pela unificação de tarifas em Recife (-1,21%), a partir de 3 de março, e pelo reajuste de 2,15% em Campo Grande (1,08%), a partir de 15 de março. Já em ônibus intermunicipal (0,75%) houve impacto dos reajustes aplicados no Rio de Janeiro (6,93%), a partir de 24 de fevereiro.  

No subitem trem (-0,19%) houve incorporação residual da redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,42%), a partir de 2 de fevereiro. 

No caso do grupo de Habitação, a alta de 0,19% teve a energia elétrica como destaque, com preços 0,12% mais altos, influenciada por reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (1,18%).  

Já em taxa de água e esgoto, o aumento de 0,04% foi impactado pelo reajuste de 4,04% em Aracaju (4,04%), a partir de 1º de março.  

Por fim, no resultado do gás encanado (-0,05%), houve apropriação residual dos reajustes tarifários, com vigência a partir de 1º de fevereiro, no Rio de Janeiro (-0,09%), redução média de 1,30%; e em Curitiba (-0,15%), redução de 2,29%. 

O grupo de Despesas pessoais acelerou de 0,05% para 0,33% na passagem de fevereiro para março, com influência do item Cinema, teatro e concertos, que teve alta de 5,14% e impacto de 0,02 p.p. no IPCA do mês. 

Destaques regionais 

Sobre a inflação regional de março, somente a região metropolitana de Porto Alegre (-0,13%) registrou recuo de preços. A queda nos preços da batata-inglesa (-18,42%) e da gasolina (-2,41%) influenciaram o índice na capital gaúcha.  

Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,81%), impactada pela alta do tomate (23,51%).  

INPC tem alta de 0,19% em março 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,19% em março, marcando 0,62 pontos percentuais acima do resultado de fevereiro, de 0,81%.  

No ano, o INPC tem alta de 1,58% e, nos últimos 12 meses, de 3,40%. Em março de 2023, a taxa foi de 0,64%. 

Os preços dos produtos alimentícios passaram de 0,95% em fevereiro para 0,50% em março, enquanto os dos produtos não alimentícios foram de 0,77% para 0,09%. 

Regionalmente, somente Porto Alegre (-0,21%) registrou queda de preços, influenciada pela batata-inglesa (-18,42%) e pela gasolina (-2,41%). Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,79%), por conta da alta do tomate (23,51%). 

*Com informações do IBGE.

 

Redação It's Money

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