O que está acontecendo com o BCFF11?
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O que está acontecendo com o BCFF11?
21 out 2024•Última atualização: 21 outubro 2024
As cotas do fundo imobiliário BCFF11 tiveram seu último dia de negociações no mercado secundário da B3 no dia 18 de outubro de 2024, como parte do processo de fusão com o BTHF11. A situação, entretanto, ainda gera dúvidas entre os investidores, que se perguntam o que está acontecendo com o BCFF11.
Segundo o especialista em FIIs, Erik Sala, a última comunicação oficial trouxe detalhes importantes para os cotistas, esclarecendo os próximos passos e o impacto dessa mudança em suas carteiras.
Então, não deixe de ler até o final para entender o que está acontecendo com o BCFF11. Vamos lá?
Como vai funcionar a fusão entre BCFF11 e BTHF11
Primeiramente, Sala explica que essa fusão, embora tenha pontos discutíveis quanto à gestão anterior do BCFF11, "ganha uma roupagem nova e uma estrutura regulatória mais moderna, que se alinha ao que vemos hoje nos fundos imobiliários de alta performance, como os hedge funds imobiliários."
A partir dessa fusão, segundo ele, os cotistas receberão 8 cotas do BTHF11 para cada 10 cotas do BCFF11 que detiveram ao fim do pregão do dia 18 de outubro de 2024.
Além disso, aqueles que adquiriram cotas até o dia 7 de outubro também receberão uma amortização no valor de R$ 0,57 por cota.
Entretanto, Sala reforça que essa distribuição é uma oportunidade para os cotistas. "O importante aqui, além do recebimento das novas cotas, é que os investidores prestem atenção aos procedimentos fiscais".
O especialista também enfatiza que se o cotista não enviar o preço médio da sua posição para a administradora, "ele pode acabar pagando um imposto de renda extremamente alto."
Datas importantes
O BTGF11 só começará a ser negociado a partir do dia 18 de novembro, o que dá tempo para os investidores ajustarem suas posições.
Erik Sala alerta que os procedimentos para envio do preço médio já foram enviados ao e-mail cadastrado dos investidores.
"É essencial que isso seja feito até o dia 12 de novembro. Se não for, o cotista pode perder parte da amortização, pagando impostos desnecessários", explica o analista.
Esses passos são essenciais para garantir que os cotistas recebam o que têm direito sem surpresas desagradáveis no futuro.
"Já vimos situações no passado onde investidores pagaram impostos desnecessários por não seguir essas orientações."
O que está acontecendo com o BCFF11: benefícios
Essa fusão é vista por alguns especialistas como um movimento positivo. Mesmo com o histórico controverso da gestão do BCFF11, Sala avalia que "a fusão pode trazer vantagens ao fundo, pois sua estrutura será modernizada e mais eficiente."
Além disso, ele ressalta que "a estrutura regulatória mais atualizada e a postura de hedge fund imobiliário do BTGF11 devem atrair novos investidores."
Com a mudança, o BTGF11 terá maior flexibilidade para atuar no mercado, o que pode resultar em mais rentabilidade para os cotistas.
Contudo, o mercado ainda está atento aos próximos passos e às condições de operação do fundo após a fusão.
O que o investidor deve fazer?
Com tantas mudanças em jogo, o investidor precisa estar atento às datas e aos procedimentos. O mais importante, segundo Erik Sala, é que o cotista "não deixe de enviar seu preço médio para a administradora".
Esse passo, muitas vezes negligenciado, pode fazer toda a diferença no rendimento final. Além disso, é essencial acompanhar o desenrolar das cotações e os novos rumos do fundo BTGF11 da BTG.
Por fim, o analista ressalta que o que está acontecendo com o BCFF11 pode ser considerado uma oportunidade, mas também traz desafios.
"No fim das contas, se tudo for feito da maneira correta, o investidor deve sair beneficiado, mas é preciso atenção", conclui Sala.
Redação It's Money
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