SNEL11 vale a pena? Analista responde!

O fundo de investimento SNEL11, também conhecido como Suno Energias Limpas, é um fundo relativamente novo no mercado, com uma proposta diferenciada voltada para o desenvolvimento de projetos de energia sustentável. No entanto, a pergunta que muitos investidores estão fazendo é: “SNEL11 vale a pena?”

Para responder a essa questão, trazemos a visão detalhada de Erik Sala, analista especializado em fundos imobiliários. Ele traz pontos importantes a serem considerados antes de investir nesse fundo.

Você também pode conferir a análise completa em áudio abaixo:

SNEL11 cotação

"O SNEL11 é um fundo que, na minha opinião, já está bastante caro", avalia Erik Sala.

Ele ressalta que muitos investidores podem estar comprando cotas sem entender completamente como o fundo gera rendimento e como ele opera.

"A tese é interessante, mas não é uma tese pela qual eu pagaria um prêmio", afirma Sala.

Para ele, esse é um ponto crucial para considerar, especialmente em um mercado onde a valorização excessiva sem fundamentos claros pode representar um risco.

Principais problemas

Outro aspecto levantado por Sala é a última assembleia do fundo. Na ocasião, colocaram o waiver dos cotistas em discussão e a não distribuição dos 95% do regulamento, o que é uma exigência para fundos imobiliários.

"A falta de explicações claras sobre essa decisão me levanta dúvidas", diz o analista.

Nesse sentido, Sala questiona se a retenção de caixa pode ter relação com uma necessidade de aporte para algum projeto específico, o que não teve o devido esclarecimento na assembleia. "Para mim, isso é um problema", observa.

Afinal, SNEL11 vale a pena no portfólio?

Na visão de Erik Sala, o SNEL11 ainda precisa provar muita coisa em termos de receita.

"Não sei se realmente vale o prêmio para uma tese que é diferente, mas que ainda não se consolidou", alerta o analista.

Assim, ele sugere que, para aqueles que já possuem cotas do fundo, pode ser interessante considerar uma venda. Especialmente aproveitando a cotação atual que ele considera "um pouco esticada".

Conclusão

Por fim, Sala faz um alerta aos investidores sobre o risco de investir em teses que ainda não foram totalmente comprovadas.

"No passado, vários fundos com teses similares sofreram quando o mercado ficou mais volátil", explica.

Portanto, a recomendação é de cautela ao considerar o SNEL11 como parte do portfólio, pois o fundo ainda precisa demonstrar um desempenho consistente para justificar o investimento.

Sobre o anlaista

Erik Sala é especialista em FIIs e Renda Fixa. Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.