Índice de Saúde Financeira do Brasileiro atinge maior nível em três anos, aponta Febraban e BC

A saúde financeira dos brasileiros alcançou, em 2024, o maior nível dos últimos três anos, com o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) subindo para 56,7 pontos, uma alta de 0,5 em relação a 2023.

O estudo foi divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com apoio técnico do Banco Central (BC), abrangendo 4.911 entrevistados de variados perfis socioeconômicos e regiões do país.

"Além de mostrarem uma menor pressão sobre o orçamento familiar, os resultados indicam melhora nas questões relacionadas à habilidade financeira e ao comportamento financeiro do brasileiro, revelando a importância dos esforços em educação financeira promovidos por toda a sociedade", observa Marcelo Junqueira Angulo, Chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do BC.

Principais pontos de melhoria

Os resultados revelam uma redução nas dificuldades financeiras enfrentadas pela população, com quedas nas faixas de "baixa", "muito baixa" e "ruim" saúde financeira.

Entre os destaques observados na pesquisa em 2024 estão:

• Aperto diminuiu – 48,5% dizem vivenciar algum nível de aperto financeiro (-1.5 p.p. em relação a 2023);
• Menos dificuldade no pagamento de contas – 40,9% revelam que têm alguma dificuldade para pagar contas (-2.2 p.p. em relação a 2023);
• Menos pressão sobre o orçamento – 32,8% afirmam que os gastos foram maiores que a renda (-0.5 p.p. em relação a 2023);
• Sobra mais no fim do mês – 58,6% admitem que sobra dinheiro com alguma frequência (+1.3 p.p. em relação a 2023);
• Maior controle financeiro – 48,7% declaram saber como se controlar para não gastar muito (+2.3 p.p. em relação a 2023);
• Mais informação – 47,3% sabem se informar para tomar boas decisões financeiras (+2,3 p.p. em relação a 2023);
• Mais conhecimento – 35,7% se sentem capazes de reconhecer um bom investimento (+2,7 p.p. em relação a 2023).

Desafios

Apesar das melhorias, 67,2% dos entrevistados têm algum grau de insegurança sobre o futuro financeiro.

Por outro lado, 35,4% dizem que a forma como cuidam do dinheiro lhes permitem aproveitar melhor a vida.

Por fim, quando perguntados sobre gastos inesperados, 32,4% dos entrevistados afirmam dar conta de uma despesa inesperada grande, mesmo resultado de 2023.

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Fonte: Banco Central e Febraban