Índice de Preços ao Produtor (IPP) registra oitavo mês seguido de alta

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Índice de Preços ao Produtor (IPP) registra oitavo mês seguido de alta

30 out 2024Última atualização: 31 outubro 2024

Ana Claudia PivaAna Claudia Piva
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Pela oitava vez consecutiva, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) mostra elevação nos preços da indústria nacional, com um avanço de 0,66% em setembro de 2024, em comparação com agosto.

Este desempenho acumulou alta de 6,06% nos últimos 12 meses e de 5,51% no ano. Em setembro do ano passado, a taxa mensal foi de 1,06%, demonstrando uma aceleração moderada dos preços ao longo do período atual.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 17 das 24 atividades industriais analisadas registraram aumento nos preços em setembro, mantendo uma tendência de variação positiva semelhante ao mês anterior, quando 18 setores também mostraram alta.

Setor de alimentos e bens de consumo não duráveis impulsionam alta

Segundo Felipe Câmara, analista do IPP, o setor de alimentos segue como protagonista na elevação dos preços, especialmente pelos aumentos no açúcar VHP e na carne bovina.

“Assim como em agosto, os bens de consumo não duráveis foram a principal influência no índice geral. A fabricação de alimentos, incluindo o açúcar VHP e a carne bovina, puxou o índice para cima”, explicou Câmara.

As atividades que mais impactaram o resultado de setembro foram alimentos (0,90 p.p.), seguidas por indústrias extrativas (-0,27 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis (-0,13 p.p.), e papel e celulose (-0,10 p.p.).

Em termos de variação, os destaques foram indústrias extrativas, com retração de -5,85%, alimentos (3,70%), papel e celulose (-2,99%), e calçados e produtos de couro (-2,01%).

Alimentos acumulam alta de 10,92% em 12 meses

A indústria de alimentos registrou elevação pelo sexto mês consecutivo, com variação de 3,70% em setembro.

O setor acumula alta de 7,54% no ano e um expressivo aumento de 10,92% nos últimos 12 meses, o maior índice desde agosto de 2022. A explicação para esse movimento, segundo Felipe Câmara, está na alta da carne bovina e do açúcar VHP.

“No caso da carne bovina, as queimadas e a seca reduziram a área de pastagem, impactando a oferta e, consequentemente, os preços. Já o açúcar VHP vive uma alta sazonal, pois a colheita está no fim, e o clima adverso reduz a oferta de cana para o processamento”, acrescentou o analista.

Imagem: © Isac Nóbrega/PR

Ana Claudia Piva

Ana Claudia Piva

Jornalista profissional com mais de 20 anos de experiência (MTB 43.842/SP). Editora-chefe do Portal It's Money. Especialista em gestão de conteúdo pela Universidade Metodista de São Paulo e em Search Engine Optimization (SEO).

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