Produto de capital protegido: descubra o que é e como funciona
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Produto de capital protegido: descubra o que é e como funciona
15 jun 2023•Última atualização: 21 junho 2024
O produto de capital protegido é um tipo de operação que oferece uma garantia de devolução do capital investido, mesmo que o desempenho do ativo subjacente seja negativo.
Entretanto, antes de entrar em detalhes sobre ele, precisamos entender sobre as operações estruturadas.
Acompanhe abaixo a explicação, boa leitura!
O que são operações estruturadas
O termo "operações estruturadas", também conhecido por COE, refere-se a estratégias de investimento que combinam diferentes instrumentos financeiros para criar produtos financeiros complexos.
Desta maneira, essas estratégias são projetadas para atender a necessidades específicas dos investidores, como proteção contra riscos, maximização de retornos ou criação de exposição a determinados ativos.
Assim, as operações estruturadas geralmente envolvem a combinação de elementos básicos, como ações, títulos, derivativos, commodities ou moedas, em uma única estrutura ou produto.
Portanto, esses produtos podem ter características customizadas, como pagamentos condicionais, proteção contra perdas, alavancagem ou participação em retornos de ativos específicos.
A seguir, veja alguns exemplos comuns de operações estruturadas no mercado financeiro incluem:
Certificados de depósito estruturados (Structured Certificates)
Os certificados de depósito estruturados são títulos que combinam elementos de dívida e derivativos.
Sobretudo, podem oferecer retornos vinculados ao desempenho de uma cesta de ações, índices ou commodities, por exemplo.
Notas estruturadas (Structured Notes)
As notas estruturadas são produtos financeiros que possuem características tanto de dívida quanto de derivativos.
Em outras palavras, podem oferecer pagamentos condicionais com base em um determinado evento ou condição de mercado.
Produtos de capital protegido (Capital-Protected Products)
Os produtos de capital protegido são investimentos estruturados que garantem a devolução do capital investido, mesmo que o desempenho do ativo subjacente seja negativo.
Em geral, esses produtos podem combinar títulos de dívida com opções ou outros derivativos.
Operações de hedge (Hedging Operations)
As operações de hedge são estratégias que buscam proteger um investimento ou uma posição existente contra riscos de mercado, utilizando instrumentos financeiros derivativos.
Contudo, essas são apenas algumas das muitas formas de operações estruturadas existentes no mercado financeiro.
Nesse sentido, elas são frequentemente utilizadas por investidores institucionais e sofisticados, pois podem envolver complexidade e riscos adicionais em comparação com investimentos mais tradicionais.
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Quais são os riscos do capital protegido?
Conforme vimos anteriormente, os produtos de capital protegido oferecem uma garantia de devolução do capital investido, mesmo que o desempenho do ativo subjacente seja negativo.
Entretanto, embora essa característica possa parecer atraente para os investidores, é importante estar ciente dos riscos associados a esses produtos.
Portanto, alguns dos principais riscos do capital protegido incluem:
1- Risco de liquidez
Alguns produtos de capital protegido podem ter uma liquidez limitada. Isso significa que pode ser difícil vender o investimento antes do vencimento ou que pode haver penalidades associadas à venda antecipada.
Portanto, os investidores devem estar preparados para manter o investimento até o vencimento, o que pode limitar sua flexibilidade financeira.
2- Risco de inflação
Dependendo das condições econômicas e das taxas de inflação, a garantia de devolução do capital pode não ser suficiente para preservar o poder de compra ao longo do tempo.
Ou seja, se a inflação superar o retorno do investimento, o investidor pode experimentar uma perda de poder de compra.
3- Risco de desempenho do ativo subjacente
Embora os produtos de capital protegido ofereçam a garantia de devolução do capital, essa proteção geralmente se aplica apenas ao vencimento do produto.
Ainda assim, durante o período de investimento, o desempenho do ativo subjacente pode ser negativo e resultar em retornos baixos ou nulos.
Além disso, ainda podem não acompanhar adequadamente outros investimentos mais lucrativos no mercado.
4- Risco de oportunidade
Investir em produtos de capital protegido pode limitar as oportunidades de obter retornos mais altos.
Ou melhor, esses produtos geralmente possuem limites de crescimento ou participação nos ganhos do ativo subjacente.
Em suma, isso significa que os investidores podem perder a oportunidade de obter maiores lucros em um mercado em alta.
Quando o produto de capital protegido é indicado?
O mercado de renda variável é imprevisível. Dentro dele, é possível ter ganhos muito maiores que no mercado de renda fixa. No entanto, a proporção é a mesma também em caso de prejuízos.
Ou seja, para minimizar os riscos, as operações estruturadas permitem criar cálculos que estimam a perda e ganho máximo de cada ativo, o que traz mais segurança ao investir em renda variável.
Dentro desse cenário, é sempre oportuno utilizar esse tipo de operação quando não se tem uma definição exata para onde o mercado está caminhando, ou ainda, o próprio ativo subjacente.
Assim, você não corre o risco de comprar o ativo à vista e participar de uma possível perda que você provavelmente não teria com a operação de capital protegido.
Quem pode fazer COE?
A indicação de operações estruturadas limita-se a investidores que têm um perfil de investidor moderado ou dinâmico.
Em outras palavras, pessoas com maior tolerância aos riscos desse mercado e com alto conhecimento sobre o mercado financeiro, especialmente opções e derivados.
Especificamente no caso da operação de capital protegido, qualquer investidor qualificado pode usufruir desse tipo de investimento.
Por fim, como investir em um produto de capital protegido?
Caso o investidor opte por realizar esse tipo de operação sozinho, é possível realizar através das chamadas “Collars”, com uma exigência mínima de conhecimento.
Outra maneira, caso o investidor não possua conhecimento, é entrar em contato com seu assessor/broker e solicitar esse tipo de estrutura para inserir na sua carteira de investimentos, diversificando ainda mais seu portifólio.
Caique Stein
Formado em matemática pela Unesp e pós-graduado em Finanças Avançadas pelo Insper. Analista de investimentos credenciado à Apimec (CNPI-T EM-2537). Atua como analista de ações e mercado futuro (índice e dólar) na DVinvest.
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