Ibovespa sobe 0,26% aos 129.500 pontos, retomando trajetória de alta

O Ibovespa subiu 0,26% (+0,26% aos 129.500 pontos), retomando a trajetória de alta após a leve realização de lucros no dia anterior.

O índice foi impulsionado pelos ganhos das ações da Petrobras (ON +0,73%, PN +0,52%) e dos grandes bancos, apesar da queda das ações da Vale (-0,93%) devido ao recuo dos preços do minério de ferro.

O mercado reagiu a um cenário externo marcado pela intervenção do Banco do Japão no câmbio, que afetou o iene e trouxe volatilidade às moedas emergentes.

Nos EUA, o Nasdaq caiu 2,77% com a liquidação de ações de tecnologia, enquanto o Dow Jones renovou a máxima histórica pelo quarto pregão consecutivo.

Dólar

O Dólar à vista subiu 1,00% contra o Real (+1,00% a R$5,48), atingindo o maior nível em duas semanas.

A desvalorização do Real foi impulsionada pela intervenção do Banco do Japão no mercado de câmbio — que disparou a liquidação de posições em divisas emergentes.

Além disso, o desconforto com as declarações do presidente Lula sobre política fiscal, questionando a necessidade de cortes de gastos, adicionou pressão ao câmbio.

A expectativa de cortes de juros pelo Fed em setembro e a queda das taxas dos Treasuries não foram suficientes para conter a alta da moeda americana.

Juros

No mercado de juros, as taxas fecharam em alta, refletindo o impacto das declarações de Lula sobre a necessidade de cortes de gastos e a valorização do Dólar.

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 subiu para 10,61%, e a do DI para janeiro de 2026 subiu para 11,18%.

O cenário fiscal doméstico permanece como um ponto de atenção, especialmente com a proximidade da divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas no dia 22, que poderá trazer novas indicações sobre o compromisso do governo com o controle das contas públicas.