Setor de proteína animal: perspectivas para 2024 na Bolsa de Valores
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Setor de proteína animal: perspectivas para 2024 na Bolsa de Valores
5 jan 2024•Última atualização: 20 junho 2024
O mercado financeiro brasileiro está atento às movimentações do agro na Bolsa de Valores, com perspectiva de um 2024 promissor, principalmente para as empresas do setor de proteína animal.
Com a demanda global por alimentos de origem animal em constante crescimento, e o bom desempenho de algumas empresas nacionais do setor, há um cenário favorável para os investidores que apostam nas oportunidades apresentadas por esse mercado.
Setor de proteína animal
Segundo Renato Reis, analista fundamentalista da DVInvest, quando falamos do setor de proteína animal, é preciso dividi-lo em três principais segmentos: o de aves, o de suínos e o de bovinos. Cada um possui suas particularidades, especialmente quanto a duração do ciclo dos produtos.
Assim, para empresas que trabalham exclusivamente com proteína bovina, os hedges ou bons gerenciamentos financeiros são extremamente importantes. A empresa terá um período de bonança por alguns anos e precisará ser racional para entender que a alta não é infinita.
Dessa forma, deve travar o máximo possível seus preços de venda naquele patamar, além de não realizar nenhuma alavancagem excessiva, de modo que a dívida não seja um problema para os anos ruins do ciclo.
Isso porque o ciclo bovino, devido ao maior tempo de gestação e maturação dos animais, leva cerca de 3 a 4 anos para ser totalmente concluído. Geralmente, sendo 2 anos de alta e 2 anos de queda nos preços do gado.
Setor de proteína animal: cenário atual
No último ano, as empresas de proteína animal enfrentaram desafios significativos, como a volatilidade dos preços das commodities. Contudo, muitas delas conseguiram se adaptar, fortalecendo suas operações e garantindo uma presença sólida no mercado nacional e internacional. Principalmente as empresas com mercados maiores no Brasil.
Por outro lado, com os EUA vivendo a pior crise das últimas décadas, as empresas com operação fora tiveram um ano desafiador.
Em 2023, o setor de proteína animal do Brasil abriu 76 novos mercados em 38 países, distribuídos por cinco continentes, com destaque para Américas e Ásia. Além disso, as exportações do agronegócio brasileiro bateram o recorde de US$ 139,58 bilhões nos dez primeiros meses do ano.
Oportunidades e desafios para 2024
Como resultado, todo esse cenário traz perspectivas otimistas para o setor. O aumento da demanda por proteína animal, especialmente nos mercados emergentes, oferece oportunidades de crescimento significativas. Bem como o aumento do preço da proteína animal no mundo.
Questões operacionais relacionadas aos players listados na B3 também podem impulsionar as ações dos frigoríficos em 2024.
No entanto, as empresas precisarão enfrentar desafios como a sustentabilidade e a pressão por práticas mais éticas e transparentes na produção.
Tendências de mercado
Tendências como a busca por fontes de proteína sustentáveis, o crescimento do mercado de proteínas alternativas e a necessidade de eficiência na cadeia de produção influenciarão as estratégias das empresas do setor.
Além disso, a tecnologia desempenhará um papel crucial no desenvolvimento do setor de proteína animal. Inovações em genética, automação e logística têm o potencial de melhorar a eficiência operacional e reduzir os impactos ambientais.
Entre as empresas de destaque, estão JBS (JBSS3), Marfrig, Minerva e BRF.
Segundo relatório do Itaú BBA, a perspectiva é positiva para JBS e Minerva. “JBS é a primeira escolha entre as empresas de proteínas sob nossa cobertura, mas carece de gatilhos de curto prazo”, diz o banco em relatório.
Por outro lado, o banco permanece neutro em relação a BRF (BRFS3) e, no caso da Marfrig, a avaliação é que a ação está barata em comparação com a BRF.
Segundo Leonardo Alencar, head de agro da XP, a Marfrig é a única com recomendação neutra pela XP, já as outras empresas têm recomendação de compra.
Portanto, a diversificação de carteira e a análise cuidadosa das empresas listadas na bolsa são estratégias prudentes para aproveitar as oportunidades oferecidas pelo setor. E, por fim, contar com a orientação de um assessor de investimentos é fundamental para fazer as melhores escolhas.
Redação It's Money
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