Números fortes nos EUA e resultados no Brasil
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Números fortes nos EUA e resultados no Brasil
27 out 2023•Última atualização: 20 junho 2024
Números fortes nos EUA e resultados corporativos que seguem por aqui podem afetar o mercado nesta sexta0feira (27).
No Brasil tivemos o IPCA-15 vindo levemente acima do consenso, mas que não preocupa por ainda estar em um valor relativamente baixo. Além disso, o fluxo cambial estrangeiro sinalizou uma saída de R$ 700 milhões. Ou seja, menos do que no mês anterior, quando a saída foi de R$ 1,5 bilhão. Para hoje, teremos a divulgação dos empréstimos bancários na economia.
Números fortes nos EUA
Nos EUA, tivemos os pedidos de bens duráveis vindo acima do consenso e o PIB surpreendendo bastante, vindo bem acima do projetado. Além disso, o núcleo do PCE, que mede a inflação, veio abaixo do consenso. Ou seja, os EUA apresentaram forte crescimento na economia enquanto a inflação caiu, o que pode ajudar na redução das taxas de juros.
Também tivemos os pedidos por seguro-desemprego, que vieram em linha com o esperado. Por outro lado, as vendas de moradias que vieram bem acima do consenso, o que pode atrapalhar na tese de redução dos juros. Para hoje, teremos mais dados sobre o núcleo do PCE, que mede a inflação nos EUA. Um dado que, se vier abaixo do esperado, pode ajudar bastante na tese de juros menores.
Na Europa, tivemos a decisão das taxas de juros, que foram mantidas, em linha com o esperado. Para hoje, teremos somente a divulgação do PIB da Espanha. Na Ásia, tivemos a inflação no Japão vindo acima do esperado, em um movimento que já dura alguns meses e que está preocupando o Banco Central, já que, o país provavelmente precisará de um aumento nas taxas de juros, algo que não ocorre há muitos anos. Para hoje não teremos dados relevantes sendo divulgados.
Empresas
A Vale (VALE3) divulgou seus resultados corporativos trimestrais ontem na parte da noite e a produção segue crescendo, mesmo com um preço estável no minério, por outro lado, a margem de lucro da companhia apresentou leve piora.
Além disso, a Suzano (SUZB3) divulgou seus resultados trimestrais ontem e os números foram bem semelhantes aos do 2T, com o preço da celulose mais fraco, o que afetou a receita e as margens desse segmento. O que preocupa é o fato do preço do papel no Brasil ainda estar alto, com a companhia mantendo seu volume de vendas, mas perdendo margem de lucro, sinalizando que ela está menos eficiente.
A Copasa (CSMG3) também divulgou seus resultados trimestrais ontem na parte da noite e os números foram bastante positivos, com um incremento relevante na receita e uma melhoria na margem de lucro, indo na direção contrária das quedas recentes que o papel sofreu.
Por fim, a Multiplan (MULT3) divulgou seus resultados trimestrais ontem e os números foram bastante positivos, com a receita apresentando bom crescimento e a margem de lucro melhorando. O lado positivo é que a ação está sendo negociada por um cap rate bem maior do que no passado, o que pode sinalizar que ela está barata.
Análise técnica Ibovespa
O Ibovespa encerrou o último pregão, dia 26, com uma alta de 1,72%, fechando acima da média móvel de 10 períodos (MME10) no gráfico diário (GD).
Do ponto de vista técnico, o índice continua em um movimento de alta no GD, com perspectivas de testar seus próximos níveis de resistência, situados em 115.060 a 115.565 e 117.050. A atual "janela" de alta já dura 13 pregões, desde a mínima observada em 6 deste mês, podendo se estender por mais 2 a 5 pregões, levando em consideração padrões anteriores.
Vale destacar que a atual janela de alta está menos robusta do que a anterior de baixa. Aumentando, assim, gradualmente a probabilidade de ingressar em uma nova fase de baixa. É por esse motivo que o viés é de baixa no curto prazo, apesar da tendência indefinida pelo GD.
Análise técnica S&P 500
O S&P 500 encerrou o pregão mais recente (26) com uma queda de 1,18%. Assim, se aproximando de uma região mais importante de suporte no gráfico diário (GD), em torno de 4.115 pontos. A tendência de curto a médio prazo, indicada pelo GD, permanece em baixa.
Para aumentar a chance de recuperação, será necessário que o índice quebre a sequência de máximas descendentes no GD, o que pode ocorrer após testar a região de suporte supraticada.
Análise técnica Dólar
O dólar encerrou o último pregão (26) com uma queda de 0,13%, ficando basicamente preso entre a máxima e a mínima do pregão anterior.
A superação dos 5.023 pontos continua sendo um indicativo de alta. O que aumentará a probabilidade de a moeda americana entrar em um processo de valorização de curto prazo. O sinal de força por parte dos compradores será mais significativo após um fechamento acima dos 5.035,5 pontos.
Por outro lado, enquanto esse sinal de alta mencionado não for gerado. O movimento atual permanece de baixa e em direção à próxima faixa de suporte: 4.943 a 4.935 pontos.
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